Gianni Amico, cineasta italiano nascido em Loano (Savona) em 27 de dezembro de 1933, Gianni Amico foi roteirista e diretor, possuia uma inquietude
intelectual que o acompanharia por toda a vida. Amico admirirava o jazz e música
brasileira, a política e a arte, elementos que de certa forma se encontram em suas
obras. Gianni Amico também foi mestre em imaginar, realizar e organizar diversas
Mostras de Cinema, dentre elas “Rassegna
Internazionale del Cinema Latinoamericano di Santa Margherita Ligure, Mostra
Internazionale del Cinema Libero di Porretta Terme e Mostra Internazionale del
Nuovo Cinema di Pesaro, neste último foi membro da comissão de seleção
entre os anos de 1966 e 1967.
No clima de
revolução dos anos 60, que estava vivendo a França e paises sul-americanos,
Amico se engaja na colaboração com Cineastass que apoiam esses movimentos por
liberdade, e em parceria com Bertolucci, Amico colabora no roteiro do seu filme
“Prima della Revolucione” (1964), o
primeiro filme de visibilidade de Bertolucci, escreve em seguida o roteiro de outros dois filmes de Bertolucci,
“Partner”(1968), e L'inchiesta e com Rosselini fez parte da produção de “Era notte a Roma”, quando então começa sua aproximação do cinema Novo brasileiro, através
de sua participação no roteiro do filme “O Leão de Sete Cabeças”, filme de
Glauber Rocha e que marca o primeiro trabalho do cineasta brasileiro no exílio,
filmado na República do Congo, de forma experimental e
conta uma história alegórica sobre a iminente revolução contra a dominação e
exploração da África. No mesmo período torna-se assistente de direção de Jean-Luc Godard, no filme “Le Vent D'est” (1969), quem lhe dedicaria
em 1995, um capitulo “Gianni Amico“, sobre o Cinema italiano, na história do Cinema.
No final dos
anos 60, realizou no Brasil para a RAI dois documentários: Giovani Brasiliani e
Ah! Vem o samba. Ainda pela Rai, porém já nos anos setenta, raliza diversos documentários
e dramas: Tropici (1967), L'inchiesta (1971), Ritorno (1973), Le affinità Elettive (1979),
Giovani, donne, fabbrica (1981). Sendo que seu longa-metragem “Os Trópicos”, seria o primeiro filme produzido pela RAI e selecionado para
Festivais, participando em Pesaro, Berlim, Londres e Nova York. Admirador e
amigo da cultura brasileira conhecendo pessoas importantes no Brasil, Amico
realizou com entusiasmo e muito esforço o primeiro, único e maior encontro da
música popular brasileira em Roma, no Circo Massimo, em 1983, intitulado “Bahia de Todos os Sambas”,
conseguiu
levar para a Itália uma constelação de músicos brasileiros, dentre eles João Gilberto, Gilberto Gil,
Caetano Veloso, Gal Costa, Naná Vasconcelos e outros. Sandro Melaranci um
articulador do evento lembra que aquele verão romano de 1983 nunca mais será
esquecido pelos italianos, graças a Gianni Amico. Junto de Leon Hirszman e Paulo
Cesar Saraceni, Gianni filmou muitas horas de imagens sobre o evento, na
intenção de realizar um grande musical, entretanto, devido a divergências de
produção, essa obra só iria ser possível ser montada e finalizada em 1996, após
a sua morte, graças ao trabalho da montadora e também sua esposa, Fiorella
Giovannelli, vindo a participar da Mostra de Cinema de Veneza e do Festival de
Havana. Gianni Amico morre em Roma, em 2 de novembro de 1990.
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